Até sexta-feira, empresas de todo o Estado participam de evento na Capital
O senso comum de que SC é um Estado inovador contrasta com o gargalo na qualificação de trabalhadores. Segundo o último levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do ano passado, 461 mil empregados catarinenses precisam de capacitação técnica, o que representa quase 60% do setor. Para debater o tema e trazer resultados práticos ao Estado, empresários e representantes de instituições públicas e privadas reúnem-se até sexta-feira na Federação das Indústrias do Estado de SC (Fiesc).
O setor é importante no processo de educação porque boa parte dos funcionários que precisam se qualificar entra no mercado de trabalho sem a preparação necessária, de acordo com o presidente da Fiesc, Glauco Côrte.
Segundo os dados da CNI, 6,1 milhões de profissionais foram contratados pela indústria, no País, sem ter a necessária qualificação técnica. O presidente da Fiesc ressalta que a contratação deles é reflexo do cenário de pleno emprego – estes profissionais dificilmente estariam contratados se o quadro fosse outro.
Segundo a Fiesc, a capacitação dos funcionários está diretamente relacionada à produtividade, o que torna a qualificação da mão de obra a impulsionadora do sucesso. “A produtividade no Brasil é muito baixa quando comparada com outros países. Enquanto nos EUA são produzidas 100 peças, nós produzimos 18”, diz Côrte.
Na tentativa de melhorar o cenário, o Senai quer abrir 180 mil vagas em SC, o dobro do número atual. No Estado, 150 indústrias fazem parcerias com escolas técnicas. “Só agora estamos corrigindo esta distorção, que é valorizar o ensino superior em detrimento do técnico”, afirma.
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Fonte: AN – Economia / FIESC
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