Termotécnica diversifica negócios
A Termotécnica, de Joinville e com oito fábricas de EPS (isopor) espalhadas pelo Brasil, aposta em variados segmentos de negócios para crescer mais. Entra no ramo de construção civil com a tecnologia monoforte, chegou ao pallet, está atendendo à indústria automobilística e testa novas resinas plásticas, enquanto monta fábrica no Nordeste, onde produz embalagens para caixas de uvas. Em 2012, profissionalizou a gestão.
Perfil
O empresário Albano Schmidt é presidente da Termotécnica desde 1999. Também comanda o Sindicato das Indústrias Plásticas de Santa Catarina e é diretor da Associação Brasileira da Indústria Plástica (Abiplast) e da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Em seu tempo de lazer, um dos esportes preferidos é o golfe.
2012 ruim
“Havia uma grande expectativa no início do ano pelo desempenho. E acabou sendo um ano atípico. Foi ruim ao longo de vários meses. A recuperação só aconteceu nos últimos meses. Uma das maiores dificuldades foi o aumento do custo da matéria-prima: subiu 45%. Outro complicador foi a superoferta mundial de celulose, nosso principal concorrente. Com preços menores deste produto, nós ficamos menos competitivos. 2013 será um ano excelente.”
Fábrica fechada
“Tivemos de fechar a fábrica de Sumaré, no interior paulista, em setembro. A produção foi transferida para as unidades de Indaiatuba e Rio Claro. A Termotécnica tem oito fábricas espalhadas pelo Brasil e é líder nacional no seu setor. Emprega 1.500 trabalhadores. Nosso negócio exige a descentralização de unidades. O mercado é pulverizado e de abrangência local, regional.”
Profissionalização
“Em 2012, consolidamos o processo de profissionalização. Contratamos o superintendente Nivaldo de Oliveira. E Adriano de Simoni é o diretor comercial com Regina Zimmermann na diretoria de operações, responsável pela logística e produção. O olhar, cada vez mais, é para o interesse dos clientes e lhes oferecer soluções.”
Sistema construtivo
“Num outro negócio, a Termotécnica aposta muito no sistema construtivo de imóveis denominado monoforte, em painéis de EPS. Há um prédio, de quatro andares, sem necessidade de colunas, no bairro Aventureiro, em Joinville, já construído com esta tecnologia. As certificações técnicas e de órgãos oficiais já chegaram e está tudo homologado. Estamos prontos para atender a este mercado.”
Endividamento
“A Termotécnica está reestruturando o perfil de endividamento da companhia. Trabalhamos junto a bancos públicos (Caixa Econômica Federal e banco do Brasil) para alongar a dívida. 2013 será um ano excelente. A unidade de Joinville continua a atendendo a Whirlpool e a companhias do ramo de construção civil, predominantemente. E concentra a unidade de conservação e este tipo de negócio ainda deve crescer mais.”
Pallets
“Outro negócio novo no qual a Termotécnica adentrou é o do segmento de pallets de EPS com a marca Upally destinado à movimentação de cargas e logística. É um produto leve voltado a segmentos que valorizam redução de custos de fretes. O exemplo é o de exportação de flores secas.”
Automobilístico
“A Termotécnica também estrutura seu setor para viabilizar atendimento que requer a indústria automobilística. A vinda da BMW para Araquari é possível alavanca para novos negócios. Já atendemos empresas do ramo sediadas em Curitiba. O exemplo é itens de proteção do assoalho do carro para diminuir o ruído. Já produzimos para a Renault. E há, ainda, outras aplicações, podendo haver mais possibilidades.”
BICICLETA – Outra aposta está no segmento de duas rodas (bicicleta). A prioridade é conquistar maior espaço no segmento de capacetes, a serem produzidos com componentes que levam EPS. Pretendemos revolucionar este mercado.
MATERIAIS – Estamos, também, em busca de novos materiais. Por enquanto, só usamos EPS (isopor), mas há outras resinas plásticas a serem exploradas, como a EPA. Principalmente em logística e embalagens de mercadorias com acondicionamento e proteção aos produtos que absorvam bem ataques de combustíveis.
LOGÍSTICA – Na área logística, introduzimos o pallet feito de EPS (isopor) com a marca Termotécnica, que está sendo fabricado na unidade de São Paulo, com foco na indústria de alimentos e de medicamentos.
UDO – A expectativa com a administração do prefeito Udo Döhler é muito grande. Ele tem projeto para 50 anos à frente. A equipe de governo é muito bem montada. E pode reinventar a cidade. Joinville precisa de uma visão de um gestor. A ineficiência da máquina é o maior problema do setor público. Tem muita gente boa que só precisa de orientação.
Fonte: AN – Livre Mercado – Cláudio Loetz
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