Pesquisa da Maxiquim, consultoria especializada no segmento industrial, desenvolvida com base em 2011, aponta que, no período, foram reciclados no Brasil 21,7% dos plásticos pós-consumo.
Ou seja, 736 mil toneladas de plástico que se destinariam ao lixo foram transformadas em novos produtos. Em 2010 a marca foi de 19,4%. A pesquisa é anualmente encomendada pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e desenvolvida de acordo com metodologia do IBGE.
A pesquisa aponta que no ano, o Brasil registrou 815 recicladoras de plásticos, 52,4% delas no Sudeste, 34,2% no Sul, 8,8% no Nordeste, 3,9% no Centro-oeste e 0,6% no Norte do país.
Essas empresas faturaram juntas, em 2011, R$ 2,4 bilhões, frente aos R$ 1,95 bilhão faturado em 2010, ou seja, um crescimento de 23%. Essas empresas geraram 22,7 mil empregos diretos.
Mostra também que a região Sudeste foi a que mais reciclou material plástico em 2011 (55,5%), seguida das regiões Sul (27,7%), Nordeste (9,9%), Centro-Oeste (5,4%) e Norte (1,5%).
Os segmentos que mais consumiram plásticos reciclados no ano passado foram Utilidades Domésticas, Agropecuária, Industrial, Têxtil, Construção Civil, Descartáveis, Infraestrutura, Limpeza Doméstica, Eletroeletrônicos, Indústria Automobilística, Móveis e Calçados.
O nível operacional médio da indústria brasileira de reciclagem de plásticos em 2011 foi de 63% da capacidade instalada, que é de 1,7 milhão de toneladas.
A pesquisa mostra que esse fator é um reflexo da falta de sistemas de coleta seletiva no Brasil, já que dos 5.565 municípios brasileiros, apenas 443, ou seja, 8% contam com algum tipo de coleta seletiva e que não necessariamente atendem à demanda necessária para o incremento da reciclagem de materiais como um todo.
Outros fatores que ainda limitam um aumento expressivo na atividade, apostado pela pesquisa foram: aumento do preço do material reciclado e consequente queda na competitividade em relação à resina virgem, altos custos de utilidades, como energia elétrica, impedem o crescimento das recicladoras, a baixa qualidade do material que é coletado, a informalidade das empresas, entre outros.
Ainda assim, a posição do Brasil no ranking mundial em termos de índice de reciclagem mecânica de plásticos pós-consumo tem relevante destaque. Suécia (35%), Alemanha e Noruega (33%), Bélgica (29,2%), Dinamarca (24%), Itália (23,5%), Suíça e Reino Unido (23%), Eslovênia (22%) e Brasil (21,7%). A média da União Europeia é de 24,7%.
O presidente da Plastivida, Miguel Bahiense, acredita que a educação – a disseminação dos conceitos de consumo responsável, reutilização dos produtos e destinação adequada dos resíduos, entre eles os plásticos – é o canal mais eficaz para que toda a sociedade – população, indústria, poder público – compreenda seu papel em prol da sustentabilidade.
“É por meio da educação e do empenho de todos – poder público indústria (produtos e serviços) e população – que vamos conseguir aproveitar melhor os recursos, gerar economia e garantir a preservação ambiental”, afirma o executivo.
Fonte: Sindiplastes
Simpesc nas redes sociais