Ano morno fez com que alguma indústrias concedessem folga
Boa tarde dos trabalhadores da indústria joinvilense deve folgar neste fim de ano. As férias coletivas devem seguir a média de dez dias, como no ano passado – apesar de o desempenho econômico estar abaixo de 2011.
— Setores como a linha branca estão a pleno vapor. Outros, como os fornecedores de autopeças, têm folga nos estoques —, afirma o presidente da Associação Empresarial de Joinville (Acij), Mario Cezar Aguiar.
— 2011 foi um ano melhor para a indústria, mas 2013 vai superar este ano de crescimento tímido—, acrescenta.
As pequenas e médias empresas vão conceder férias coletivas. Entre as grandes, fatores específicos de mercado influenciam. Indiferentemente da decisão de cada empresa, os sindicatos laborais estão tranquilos. O ano de 2012 termina com o emprego em alta.
Metalúrgicos
Na Tupy, a folga para parte dos 7,6 mil funcionários vai até 14 de janeiro. Segundo a empresa, a queda no ritmo de produção acompanha a retração da demanda no mercado internacional e a entrada da nova lei de emissões no Brasil. A lei fez com que o mercado de veículos comerciais formasse estoque de componentes ainda no ano passado. A empresa também concedeu férias coletivas em 2011. Nas pequenas, as férias antecedem o Natal. Para Mário Brehm, diretor executivo do sindicato das indústrias do setor e de material elétrico, o descanso servirá para que as empresas façam manutenções.
Têxteis
No setor têxtil, as férias coletivas são tradição nesta época, segundo o presidente do sindicato laboral da categoria, Livino Steffens. Para ele, a sazonalidade é natural, pois as indústrias abastecem o mercado até o início de dezembro. E o ano termina bem, com o ramo de cama, mesa e banho registrando 18% de aumento no faturamento, informa a presidente do sindicato das indústrias do setor, Maria Regina de Loyola Rodrigues Alves.
Plásticos
Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores do setor, Reinaldo Schoereder, a exemplo de 2011, as pequena e médias empresas – 75% dos associados –, param só entre o Natal e o Ano Novo. Mesmo que as grandes mantenham a produção no período de festas, o diretor-executivo do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado, Vernon Luiz de Campos, diz que as vendas estão mais fracas neste fim de ano. Sua maior preocupação é com falta de mão de obra.
Construção civil
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Joinville (Sinduscon), Marco Antônio Corsini, explica que muitos trabalhadores são naturais de outros Estado, e vão viajar para rever a família. Os fornecedores de insumos também reduzem as atividades nesta época. A construção civil vive um momento favorável, segundo ele.
— Após o boom nos anos de 2009 e 2010, chegamos ao ponto de equilíbrio entre a oferta e a procura —, diz.
Mecânicos
Sensíveis ao que ocorre no setor automotivo, as ferramentarias sentiram a concorrência dos importados. Mas com a sobretaxa do setor, a indústria automobilística aumentou a encomenda de moldes nacionais neste final de ano, explica o diretor-secretário do sindicato patronal do setor, Rolando Welter. A indefinição sobre a duração deste fenômeno justifica o pequeno número de avisos de férias recebido pelo entidade laboral (30 entre 2 mil empresas).
Fonte: AN – Economia
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