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Indústria quer condições de igualdade para competir

29 de março de 2012
Indústria quer condições de igualdade para competir

Florianópolis, 28.03.2012 – O Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego no Brasil reuniu nesta quarta-feira (dia 28) trabalhadores e empresários em Florianópolis para chamar a atenção para os impactos da desindustrialização.

No ato, que ocorreu em frente à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, representantes de entidades laborais e de empregadores destacaram a necessidade de realizar reformas estruturais para que a indústria tenha condições de igualdade para competir com a produção realizada em outros países.

“Não temos medo de competição. Temos um parque fabril atualizado e trabalhadores qualificados. Mas precisamos de condições isonômicas para enfrentar a concorrência externa”, disse o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. “Estamos defendendo há muito tempo as reformas estruturantes.

Embora o governo tenha tomado medidas pontuais, o país precisa urgentemente de uma agenda incluindo a própria reforma política, a redução do custo da manutenção da máquina pública e da carga tributária, para que os custos de produção possam cair”, afirmou.

Também foi destacada aconvergência entre trabalhadores e empregadores que ao final do ato entregaram o documento de alerta ao presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio. “O ineditismo deste ato está em juntar empresários e trabalhadores para fazer um grito, um apelo de alerta à sociedade e aos governantes, para um problema que caracterizamos como um vandalismo econômico”, disse o diretor da Abimaq, Carlos Pastoriza.

“Está se destruindo a indústria de transformação brasileira por questões que não tem nada a ver com a competitividade das empresas e sim com a falta de competitividade macroeconômica do País”, acrescentou, referindo-se a aspectos como juros, carga tributaria e câmbio

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, chamou a atenção para a importância do envolvimento da opinião pública. “Olhando de cima parece que está tudo bem com o crescimento e os empregos. Mas quando se vai para o setor de manufaturados, a situação é bastante grave. De cada quatro produtos que consumimos hoje, um já é importado.

É preciso inverter essa lógica. E, para isso, precisa ganhar a opinião pública”, afirmou, acrescentando ainda que os empregos na indústria tem mais qualidade. “Nesse momento temos que nos unir. A situação é grave. O governo federal não está atento a essa situação”, disse o presidente da Nova Central Sindical, Altamiro Perdoná.

O documento Grito de Alerta destaca que em 1980 o parque industrial brasileiro era equivalente aos da Tailândia, Malásia, Coréia do Sul e China somados. Em 2010, a indústria brasileira representou menos de 8% da indústria desses países.

O evento, que também foi realizado nesta semana em Porto Alegre e vai ocorrer ainda em Curitiba (dia 3 de abril), São Paulo (dia 4) e em Manaus (dia 13).

Fonte: FIESC

 
 


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